Jogos dos Povos Indígenas na Piccola Arena

Postado por Piccola Arena quarta-feira, 2 de setembro de 2009



Pan, Parapan, Jogos dos Povos Indigenas e os impactos da Copa do Mundo de 2014, são temas da palestra que o professor de educação física Renato Freixiela, que foi Coordenador Geral do Comitê Gestor dos XV Jogos Pan Americanos Rio 2007, vai realizar no teatro da Piccola Arena, para alunos e professores da Escola Municipal Sebastião Lacerda, Ele acompanhou, nos bastidores, toda a organização dessa competição que reuniu atletas de diferentes nacionalidades. Segundo Freixiela, o objetivo das palestras é dividir a sua experiência adquirida nas três competições com todos os alunos de Petrópolis. É intenção, disse ele, ampliar esse evento para outros segmentos. O professor Freixiela, que leciona há 32 anos em Petrópolis, vai abordar em sua palestra várias assuntos como investimentos, segurança, tecnologia, infra-estrutura, relação internacional, o desenpenho dos atletas brasileiros, a organização, as competições e os excelentes resultados obtidos pelo Brasil, com as realizações dos Jogos no Rio de Janeiro. Porém, ressalta Freixiela, os Jogos dos Povos Indígenas, realizados em novembro e dezembro do ano passado em Pernambuco, reunindo 40 etnias, 1.050 atletas falando 25 línguas, foi a que mais chamou a sua atenção pela diversidade cultural e esportiva, além da sua finalidade: “ o importante não é competir, e sim celebrar “. Os povos indígenas utilizam os jogos para divulgarem sua luta pela preservação do meio ambiente. Partindo do tema dessa competição que é: “ água é vida, direito sagrado que não se vende “ pode se ter a idéia da dimensão dessa competição que já está em sua nona edição. “. Atendendo convite do diretor do Memorial dos Povos Indígenas, Marcos Terena, Freixiela participou em de abril de 2008 , da Semana dos Povos Indígenas realizado em Brasília. Os Jogos dos Povos Indígenas, segundo Freixiela, são considerados um dos maiores encontros esportivos, culturais e tradicionais de indígenas da América. “ O objetivo central é de promover a celebração e a integração entre etnias, diferentemente das competições esportivas do homem urbano. Os jogos reúnem modalidades específicas das diversas culturas representadas. Além disso, têm por finalidade fomentar a cultura de paz e incentivar, valorizar e fortalecer a prática de esportes tradicionais. Nas competições, prevalece a comemoração. Além da participação dos 1.050 atletas de diferentes etnias, o que também chamou bastante a atenção foi a presença da família dos atletas indígenas. Crianças, pais, avós, enfim, uma situação diferente do que ocorreu no Pan e Parapan “, explicou Freixiela.Na palestra, o professor vai exibir um vídeo documentário, com 40 minutos de duração, que mostra, com riqueza de detalhes, tudo que ocorreu durante a realização dos Jogos dos Povos Indígenas disputados em Olinda e Recife- PE. “ Ao contrário das competições tradicionais, os Jogos dos Povos Indígenas foi disputado em 12 modalidades – corrida de tora, kagót, futebol de cabeça, corridas, futebol, cabo de força, canoagem, arremesso de lança, arco e flecha, luta corporal, dentre outras. A única modalidade do não índio, praticada pelos indígenas, é o futebol. As meninas conseguem, tecnicamente falando, serem superior ao futebol praticado pelos homens “, informou Freixiela.
Celebrar sempre
Em sua sabedoria milenar, a cultura indígena valoriza muito o celebrar. Suas festas são manifestações alegres de amor à vida e a natureza. Têm como referência em suas tradições a espiritualidade, que é a dimensão da vida criada por um ser superior, tendo nos elementos da natureza - árvores, pássaros, animais, rios, lagos, matas - a grandeza da vida. Essa tradição não tem sentido de coisa passada e sim na busca da memória, que é transmitida e atualizada de geração a geração, respeitando-se assim esses valores, adquirindo o dom da partilha em comemorar uns com os outros, vivendo a gratuidade do festejar.Com a chegada da "nova civilização", as comunidades indígenas criaram outros mecanismos políticos, sociais e econômicos. Foi desse contexto que nasceu a idéia da criação dos Jogos dos Povos Indígenas, um segmento que nunca fora antes pensado, cuja função e objetivos ganham cada vez mais o caráter de composição da grande família. Todos participam, promovendo a integração entre as diferentes tribos com sua cultura e esportes tradicionais.Nasce um novo conceito de se fazer, conhecer e se estabelecer uma relação de igualdade com a sociedade envolvente. Somente o esporte possibilitará esse momento de respeito às diferenças e de promover a diversidade cultural étnica que caracteriza os indígenas brasileiros.





Informe Piccola:




IBGE aponta crescimento de
150% na população indigena no Brasil

A população indígena brasileira aumentou 150% na década de 90, passando de 294 mil pessoas para 734 mil, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O crescimento médio anual foi de 10,8%, quase seis vezes maior do que o da população brasileira em geral.Em 1991, a percentagem de indígenas em relação à população total brasileira era de 0,2%, subindo para 0,4% no ano 2000.“A invisibilidade dos índios no Brasil diminuiu bastante”, afirmou a antropóloga Maria Elizabeth Brêa, representante da Fundação Nacional do Índio (Funai).Um dos factores que justifica o crescimento, na avaliação do IBGE, é o aumento do número de indígenas urbanizados que se declararam índios no censo 2000.Outra causa será a imigração internacional de países limítrofes com um elevado contingente de população indígena, como a Bolívia, Equador, Paraguai e Peru.A coordenadora do estudo do IBGE, Nilza de Oliveira Pereira, assinalou, contudo, que nenhuma hipótese sozinha pode explicar o crescimento significativo da população em tão pouco tempo.Em 1991, a maior parte da população indígena (76,1% ou 223 mil pessoas) vivia em áreas rurais.Já em 2000, moravam em áreas urbanas 383 mil, ou seja 52%.A pesquisa foi baseada em dados dos censos demográficos de 1991 e de 2000. ( Web Brasil Indigena )


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